Na quinta-feira passada, após a visita do vice-governador do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia (DEM), o vice-prefeito de Penápolis, Carlos Alberto Feltrin (MDB), confidenciou ao jornalista e editor do Jornal Interior, Gilson Ramos, que será candidato a prefeito nas próximas eleições municipal em 2020.
Feltrin é o primeiro oficialmente a expor sua pré-candidatura ao cargo de prefeito de Penápolis. Outros nomes orbitam na corrida eleitoral – o ex-vereador e atual coordenador de políticas públicas do Sebrae, Caíque Rossi (PSD) e o vereador Rubinho Bertolini (SD), mas, que ainda não expuseram de forma pública.
O anúncio tão cedo tem alguns motivos aparentes. O primeiro é que precisa construir a imagem do “Feltrin Gestor”, já que ficou os últimos dois anos e quatros meses na sombra do atual prefeito Célio de Oliveira (sem partido). Não à toa, que a administração já está usando o poder da máquina pública para promovê-lo.
Vide as fotos enviadas pela Secretaria de Comunicação à imprensa local.
Além disso, aproveitarão os recursos que deve entrar, no cofre da prefeitura, com a venda dos terrenos para investir em obras e serviços visíveis a população – como o recape asfáltico, reforma de creches e unidades de saúde, tentando criar imagem de administrador.
Contudo, dentro da prefeitura Feltrin é conhecido como secretário fraco, sem poder de decisão e “esquentadinho”. Vejamos:
Em tese, a Secretaria de Governo e Gerência da Cidade deveria ser o órgão que coordena todos os projetos de grande impacto, visto que, demanda quase sempre do envolvimento de mais de uma secretaria, mas, que nas mãos do Feltrin ficam emperradas por muito tempo e são desenroladas quando sai de sua mesa.
Já a demissão da Mayra Rosa da Chefia Administrativa e Financeira da Emurpe foi feita pelo Secretário de Finanças, Ênio Cesar Almeida. É de praxe que demissões de cargo comissionados do primeiro escalão sejam realizados pelo chefe do executivo e na sua ausência o secretário de governo (neste caso também o atual vice-prefeito), entretanto, se absteve de fazê-lo.
E durante uma reunião dos servidores públicos com a administração, Feltrin completamente descontrolado esbravejou, gritou e insultou diversos membros da diretoria. Neste episódio, mostrou-se o destempero e falta de preparado para lhe dar com o contraditório.
E será justamente essas e outras questões que a população ficará ainda mais de olho para entender se Feltrin está preparado para o cargo ou não.
“FELTRIN ARTICULADOR”
Já o “Feltrin Articulador” mostra-se confuso. Ele não esconde de ninguém sua aproximação com o prefeito João Luís dos Santos (PT), circulando nos bastidores da política que Feltrin teria proposto se filiar a um partido mais de esquerda para obter o apoio dos petistas.
Todavia, na outra ponta, sonha com o apoio do PSDB e do político Benone Soares de Queiroz Júnior como candidato a vice-prefeito. Porém, também nos bastidores, já havia escutado que para começar algum tipo de conversa teria que romper com Célio – seu fiador político.
Feltrin e seu fiador tentam agora a terceira cartada – quebrar a tríade montada no Governo do Estado e possivelmente replicada em algumas cidades – a coligação PSDB/DEM/PSD. Aqui a corda mais fraca seria o DEM do vereador Nardão Sacomani, que não esconde de ninguém o desejo de ser candidato a vice-prefeito.
Nardão inclusive disse durante sessão da Câmara que as portas estariam sempre abertas ao prefeito Célio de Oliveira. A possibilidade de Célio se filiar teria duas conjecturas. De tentar esfriar os ânimos com o Governo do Estado e de desarticular o grupo que possivelmente apoiará Caíque Rossi.
Mas, quando o Rodrigo Garcia souber, que o candidato do MDB que seu presidente municipal, isto é, Nardão Sacomani deseja possivelmente apoiar, também pleiteia o apoio dos petistas, irá intervir para recolocar os Democratas nos trilhos da direita, podendo inclusive, o Nardão perder espaço e sair.
Então, a sua opinião sobre a possível candidatura de Carlos Alberto Feltrin?