As influências vão desde pop/rock nacional, bandas de grunges, passando por música de raiz, blues e rap
POPULAR: Rafael Freitas, Carlos Catelan, Rubens Donzeli e Thiago Tonello, tem nas músicas de domínio público a matéria-prima para a pesquisa do grupo |
Músicas como – “Seu boiadeiro por aqui choveu/ seu boiadeiro por aqui choveu/ choveu que amarrotou/ foi tanta água que meu boi nadou”, iniciam os trabalhos do grupo penapolense Caboclo Rosa, que buscam incluir em seu repertório músicas de cancioneiros populares e de umbanda.
De acordo com o vocalista e guitarrista do grupo Rafael Freitas, que tem Thiago Tonello no baixo, Rubens Donzeli na percussão e Carlos Catelan na bateria – a ideia não é propor um culto religioso, mas, colocar às claras o sincretismo religioso em que as religiões de matrizes africanas e católicas têm de influências no cotidiano da sociedade.
“Várias cantigas de rodas que são ensinadas nas escolas tem em sua origem as religiões africanas e poucas pessoas sabem disso, pois, estão enraizadas na cultura popular”, comenta.
A ideia do grupo é ampliar as pesquisas trazendo pra si mais histórias como do caboclo nordestino Zé Pelintra (símbolo da turma), com as misturas de sons que fez com que o grupo se destacasse no cenário musical da cidade.
Usando instrumentos como uma pesada guitarra elétrica e um sonoro baixo elétrico que ditam uma construção hardcore que misturam influências musicais dos integrantes.
Bandas do cenário nacional como Engenheiros do Hawaii, Legião Urbana e dos gringos como Pearl Jam, Ramones, Sepultura, Tower of Power e Nirvana, passando por Músicas de Raiz, Blues, Rap e Arnaldo Antunes são alguns dos gostos musicais do grupo, e que se vê em cada uma das músicas.
Grupo apresenta repertório com músicas do cancioneiro popular e de umbanda na próxima quarta-feira, 20, na Praça 9 de Julho |
É o caso da música que relata a história de Zé do Coco tocada em ritmo do bom e velho Blues de Ray Charles, onde é coloca a prova, a mistura do mais refinados arranjos norte-americanos, principalmente, no baixo de Thiago Tonello, com a mais puras e genuínas canções populares brasileiro.
Já os instrumentos de percussão como berimbau, atabaque, cajon, bongô e bateria são os acompanhantes de luxo fazendo toda a diferença durante a apresentação da banda.
Os sons fortes do atabaque de Rubens Donzeli e a bateria de Carlos Catelan podem ser visto fazendo o contraponto musical das construções hardcore usado pelos instrumentos elétricos.
Entre as canções de domínio público, o grupo se propõe reinventar com as músicas autorais – como é o caso de “Maria” escrita por Rafael Freitas em parceria do multiartista de Daniel Dhemes.
“Quando escrevemos essa música nem tinha a “Maria” idealizada, agora eu tenho duas né? Filhas do meu irmão” lembra Rafael.
Caboclo Rosa fará parte da programação cultural da 1ª Semana dos Museus, promovida pela Prefeitura de Penápolis através da Secretaria Municipal de Cultura.
A apresentação acontecerá na próxima quarta-feira, 20, na Praça 9 de Julho, logo após o ato solene de reabertura no Museu Histórico e Pedagógica “Memorialista Glaucia Maria de Castilho Mouçouçah Brandão” no antigo Paço Municipal.