Prestes a completar 60 dias de volta à Prefeitura de Penápolis, o radialista Célio de Oliveira (PSDB), está em rota de colisão com a imprensa.
No mês passado, após receber um ‘não’ extremamente educado do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), com relação ao AME Cirúrgico, o prefeito vem dizendo reiteradamente que a ‘culpa é de parte da imprensa’, ‘que a imprensa é sensacionalista’ ou que a ‘imprensa faz um massacre em cima de seu governo’.
Pergunto: Prefeito, qual foi sua postura na rádio nos 130 dias que o prefeito interino ficou na prefeitura? Respondo! Foi massacre todos os dias, não perdendo a oportunidade de fazer críticas contundentes com relação ao governo interino.
Agora, expor que o prefeito entrou com diversas ações contra a própria prefeitura para requerer o pagamento de 13º e férias; ou que tivera suas contas de 2015 reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado; ou que recebera multa de R$ 14,5 mil referentes a ação de improbidade; ou que aumentara em 10% o valor da água é fazer massacre?
Pelo contrário, você como um comunicador deveria ao menos conhecer o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, que em seu artigo 6, inciso II, diz que é dever do jornalista – divulgar os fatos e as informações de interesse público. Pois bem, algumas dessas informações acima não são de interesse público? A verdade é que você e seu governo não sabem lidar com a crítica.
Estou aqui para fazer o meu trabalho – o de informar! Se isso lhe desagrada, infelizmente, não posso fazer nada. Nem eu e creio que nenhum dos meus colegas de profissão iremos colocar nossa integridade profissional em jogo por você e por ninguém. Reitero, não estou aqui para lhe agradar.
Por isso mesmo é que vamos valer-se do direito a ter acesso à informação e denunciar possíveis manobras que seu governo venha a cometer.
Vide, por exemplo, as informações que pedimos no último dia 6, sobre os vazamentos do reservatório de água do Jardim do Lago V. Seu representante na autarquia tentou, possivelmente, impedir a divulgação da informação. Depois disso, sua assessoria de comunicação, após pedir mais tempo para fazer o levantamento de dados enviou release à imprensa, disponibilizando somente depois as informações solicitadas; Além disso, também houve as tentativas desesperadas de descobrir quais fontes teriam passado, a nós jornalistas, as informações sobre o aumento da água.
Por essa e por outras razões que vou continuar incessantemente na busca pela verdade e pela a transparência dos fatos, levando ao leitor um trabalho jornalístico pautado pela precisão na apuração e pela correta divulgação.