A AHBB e a Irmandade da Santa Casa de Penápolis, soltaram nota conjunta contestando informações da prefeitura, na ação que pede o ressarcimento de mais R$ 2 milhões repassados ao hospital.
A nota publicada, na tarde desta terça-feira (9), é assinada pelo presidente da AHBB, Dr. Antônio Carlos Pinotti Affonso e pela presidente da Irmandade Simone Regina Pires Stuani.
Segundo os autores, a população precisa conhecer a verdade dos fatos, sem se submeter aos caprichos de um pequeno grupo político que compõe a atual administração da cidade.
“Desde a campanha para o cargo de prefeito, o candidato eleito prometia retirar, AHBB e Irmandade, da administração da Santa Casa de Penápolis, a qualquer custo, mesmo sem conhecer o árduo e constante trabalho dos administradores da Instituição”, salientam.
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Sem citar nominalmente o prefeito Caíque Rossi (PSD), eles alegam que o político agiu para concretizar seu desejo político e pessoal, realizando atos ilegais e causando riscos à população.
“[…]como o fechamento do Centro de Referência Covid-19 (Hospital de Campanha) — e a transferência dos doentes para a Santa Casa, terminando com o isolamento existente […]”.
E completa: “além de ter procedido com o estrangulamento fiscal da unidade, estando até os dias de hoje inadimplente com suas obrigações financeiras para com a AHBB, e pouco se importando com os profissionais que arriscaram suas vidas em enfrentamento da pandemia na unidade”.
Contestando a intervenção na Santa Casa
Os presidentes da AHBB e da Irmandade contestaram a Prefeitura de Penápolis que decretou intervenção na Santa Casa num momento, segundo eles, de grande dificuldade financeira.
“A contratação da AHBB se deu, justamente, para a melhoria na qualidade do atendimento e maior economicidade para o Poder Público e os serviços, e até a malfadada intervenção, estava sendo executada com base na excelência […]”.
E continua: “[…] talvez por isso, um pequeno grupo com interesse político, e não jurídico, ou mesmo moral, descontente com o trabalho que vinha sendo executado, passou a utilizar os argumentos agressivos visando tomar para si, aquilo que não têm capacidade para realizar”, explicam.
FGTS E UTI
Na nota, Dr. Pinotti e Regina Stuani deixam claros que os débitos com FGTS e INSS não quitados pela própria prefeitura foi durante intervenção municipal, entre junho de 2015 e junho de 2019. Naquele período, a intervenção foi realizada pelo ex-prefeito de Penápolis, Célio José de Oliveira.
Eles explicam ainda que realizaram o parcelamento dos débitos e que todos os recursos repassados foram investidos dentro do hospital, sobretudo para pagamento de colaboradores.
“[…] não existe eventual desvio das verbas e ninguém se aproveitou para enriquecer à custa do erário público como querem plantar. Todas as prestações de contas foram entregues, bem como todos os documentos comprobatórios estão arquivados e serão exibidos judicialmente”.
Já com relação à UTI, dizem ser mentirosas as informações, pois, os recursos foram empregados adequadamente e as contas prestadas.
Raio-X
Contestando sobre as possíveis tentativas de incluírem a AHBB na investigação denominada Raio X e que prendeu o então secretário de saúde de Penápolis, Wilson Carlos Braz, os autores dizem que não cometeram crimes.
“todavia, a instituição e nenhum de seus membros nunca foram acusados como autor de crime”. E completa: “Mesmo não havendo nada que comprove a prática de qualquer crime, a cada oportunidade, ainda que incredível, insistem em apresentar narrativa que não corresponde à verdade dos fatos”.
Os presidentes finalizam dizendo que a ação por improbidade administrativa será rebatida juridicamente, provando toda a armação da qual são vítimas.