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De geração em geração álbum de figurinhas da Copa continua febre

Hobby que atravessou mais de meio século renovando e despertando a paixão e o interesse de crianças, jovens e adultos 
Lucas Brito, 18, coleciona desde os sete anos e é um apaixonado por álbuns de figurinhas
De quatro em quatros anos a ansiedade e expectativa dos aficionados por Copa do Mundo também gira em torno das 73 páginas com mais de 600 espaços a serem completados por figura pouco maiores que uma foto 3×4 e que está fazendo as cabeças de muita gente – o álbum de figurinhas.
Paixão que se renova e desperta o interesse tanto de crianças, jovens e adultos, não é uma prática nova e que acontece há muito tempo. Porém, a busca pelos adesivos para completar o livro ilustrado é um hobby que atravessou mais de meio século de uma tradição que passa de pai para filho. 
Neste ano, os colecionadores sentem a uma motivação é ainda maior para completar o álbum, pois o Mundial acontece no Brasil, gerando um alvoroço diferente em torno das figurinhas mais cobiçadas da edição.
Com objetivo de completar o álbum até o final do evento esportivo os apaixonados fazem de tudo para cumprir essa missão. Surgindo as feiras de troca de figurinhas, que movimentam a cidade. 
Um dos espaços de encontro para os colecionadores em Penápolis é a banca do Luzitana que movimenta cerca de 30 pessoas todo domingo às 15h. 

COLECIONADORES

Cisley Filipin, conhecido como Prego, coleciona pelo prazer de ver a evolução dos álbuns
Uma paixão que passa de pai pra filho é de fato uma verdade, pois, a história do empresário Roney Reis Verri Urives, de 45 anos, e seu filho Luiz Henrique Grossi Vieira Urives, 12, é bem parecida com a de tantos outros penapolenses. 
Roney desde pequeno colecionava figurinhas e agora estimula seu filho a continuar. “Eu comecei a colecionar na copa de 1982, na época em que tinha as figurinhas carimbadas. Guardava moedas para comprar os pacotinhos. Era muito bacana viver aquele momento. Agora é a vez de meu filho, minha esposa e eu incentivamos o Luiz Henrique a completar o álbum”, disse. 
Luiz Henrique em menos de um mês completou o primeiro álbum e já começou o segundo. “Eu gosto de colecionar, pois assim faço amizades e conheço os jogadores e as seleções que viram para a Copa do Mundo”, comenta. 
Colecionador desde a última Copa na África do Sul, Luiz Henrique sentiu dificuldade com apenas um atleta: Jorge Guagua, do Equador. “Foi difícil conseguir o jogador, tive que frequentar muitas trocas de figurinhas para encontrar, mesmo assim fui achar com um amigo que trocou na hora e me ajudou a completar o meu álbum”, lembra. 
Já para o jovem Lucas Brito, 18 anos, a vontade de colecionar álbuns de figurinhas veio desde a Copa do Mundo do Japão e Coréia do Sul em 2002, quando o Brasil consagrou-se pentacampeão mundial. “Quando eu tinha 7 anos meu pai me deu o primeiro álbum da minha coleção. Infelizmente esse eu não cheguei a completar. Mas de 2006 na Alemanha e de 2010 da África do Sul eu tenho completinho”, disse. 
Igualmente ao Luiz Henrique, Lucas prefere fazer o controle das figurinhas faltantes num “papelzinho” comum, deixando de lado as alternativas tecnológicas que proporcionam aos colecionadores um maior controle. 
Mas para Cisley Roberto Filipin, 55 anos, mais conhecido como Prego, a história é bem diferente dos meninos, ele usa a tecnologia para controlar o que resta para ser completado em seu álbum. 
Prego coleciona álbuns de figurinhas desde os 15 anos e a cada Copa sente-se renovado. “Eu passei pelas diversas transformações dos álbuns de figurinhas. Teve época que eu comprava um álbum fininho e no final ficava na altura de uns quatro centímetros, pois nós tínhamos que colar com cola de farinha”, lembra. 
Mas um prazer ainda continua, compartilhar as figurinhas repetidas com outros aficionados por figurinhas. “É uma satisfação tremenda saber que você tem uma figurinha que pode ajudar na coleção de uma criança, de um jovem e até mesmo de um adulto”, disse. 

VEJA ALGUMAS DICAS PARA COMEÇAR A COLEÇÃO

1. No início, não tenha medo de comprar pacotinhos. Lembre-se: quanto mais pacotinhos você compra, mais figurinhas você tem (e isso vai ser muito útil)
2. Tenha o controle da quantidade de figurinhas que você tem, de quantas faltam e de quantas você dispõe para troca. Isso ajuda na organização e facilita as suas futuras transações
3. Não fique nervoso por ter muitas repetidas. Isso torna a troca com outros colecionadores mais fácil.
4. Não tenha pena de trocar os cromos repetidos. O importante é completar o álbum, portanto, toda troca é válida.
5. Se outro colecionador tem a última figurinha que falta para você completar sua coleção, ofereça seu “bolo” de repetidas em troca. Isso gera rotatividade nas figurinhas e permite que outras pessoas completem o álbum.
6. Utilize um aplicativo para administrar a coleção.
Reportagem vinculada no Jornal Interior 

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