Há três semanas, relatávamos aqui o quão importante e indispensável a internet tornou-se na vida das pessoas. Pois bem, a menos de uma semana para o Dia dos Namorados, conversamos com dois casais que interpretam perfeitamente o amor nos tempos modernos.
A administradora Carolina Zacheu, de 25 anos, é uma dessas histórias – ela estava terminando um relacionamento quando sua amiga, empolgada para mostrar as fotografias de seu namorado com os amigos em Paraguaçu Paulista, região de Presidente Prudente, um nome chamou-lhe a atenção: ‘Vinicius’.
Com o tempo, os dois adicionaram um ao outro na antiga rede social ‘Orkut’ e trocavam mensagens pelo MSN Messenger, segundo programa no mundo de mensagens instantâneas. Mas ela com vergonha de dar um ‘oi’ para Vinicius Tarcio Guedes, 23, pedia para a irmã Bianca, cinco anos mais nova. Esse era com toda certeza os primeiros sinais de amor, até aquele momento virtual.
Com pouco tempo de bate-papo Vinicius acendeu em Carol a possibilidade de namoro. “Eu via algo diferente na Carol, não sabia explicar. Como nunca tinha namorado antes, sabia que com ela poderia ser diferente. Foi quando falei pra ela que um dia seria minha namorada”.
Mas dessa conversa para o dia 13 de agosto de 2011 foram aproximadamente novo meses. Isso deixava Carol mais aflita e ansiosa. Dois meses antes, perto do Dia dos Namorados, ela ligou para Vinicius e confirmou que iria para Paraguaçu Paulista. “Nós tínhamos um trato de que ele viria primeiro a Penápolis, mas se dependesse dele acho que nunca iríamos namorar”, comenta na gargalhada.
Ele um dia antes de Carol chegar tinha uma prova muito importante na faculdade de agronomia. “Lembro-me que meu humor para recepcionar Carol dependia dessa prova, pois, era a última prova do semestre e eu precisava de muito e isso me deixava preocupado, mas, graças a Deus deu tudo certo”, lembra.
Para Carol as mais de quatro horas para chegar em Paraguaçu Paulista com a amiga foi uma eternidade que foi compensado por um fim de semana maravilhoso. Tanto é que ela voltou chorando “de saudades” de Paraguaçu.
“Na volta conversávamos todos os dias. Mas, depois de uma semana ele me deu um gelo, mas nada de me pedir em namoro”, ele completa: “Eu fiquei com medo. A minha ideia era terminar a faculdade e depois pensar num relacionamento para namorar, noivar e casar”.
Exatamente 40 dias depois, contados um a um por Carol, Vinicius veio para Penápolis, mas nada de pedir ela em namoro. “Nós tínhamos tanto carinho um pelo outro que decidi por ele na ‘parede’. Então decide logo se vai namorar comigo, pois, eu não quero empatar sua vida e nem deixar você empatar a minha!”. Assim o namoro foi confirmado. Precisando ser reconfirmado 20 dias depois com o sogro. “Para mim, era uma ansiedade fora do comum, sentar frente a frente com meu sogro. Ele me perguntou: Quer cerveja? Eu logo respondi que não. Mas a Carol me entregou: ‘Na vez que fui para Paraguaçu ele bebeu todas pai’, não sabia o que fazer”. Hoje Vinicius e Carol tem o sogro e a sogra como os seus segundos pais.
Depois de quatro anos, o casal percebe o quanto os aplicativos online ajudou no relacionamento. “Namorar a distância é o menor dos problemas. Nós temos defeitos como todo casal tem. Mas confiança é a base para esse tipo de relacionamento. Além do mais, logo de início sentimos se iria dar certo ou não. Pois, eu tive que dormir na casa dele e ele aqui na minha. Se não déssemos certo com a família um do outro, seria impossível continuar um relacionamento a distância”.
Carol devota de São Antônio acredita em ‘alma gêmea’. “Minha ‘alma gêmea’ podia estar no Japão que Deus iria trazer ele a mim. Mas graças a ele, estava aqui pertinho”. Atualmente estão noivos e empolgados com os preparativos do casório que acontecerá em Assis no dia 13 de agosto de 2016, exatamente cinco anos após o início de namoro.
LUANA E JOÃO
Embalados pela música ‘Logo eu’ de Jorge e Mateus, a penapolense Luana Modesto, 29 anos, conta que quando olhou uma foto de um amigo, viu o ‘gordinho’ no canto – era João Henrique Dias Pedro. A música tocou mais alta: “Eu te vi e já te quis/ Me vi tão feliz/ Um amor que pra mim era sonho”.
De acordo com os amigos João era um dos mais tímidos da turma. “É esse mesmo que era quero, pelo menos não é sem vergonha”. Logo aceitaram-se numa rede social, mas, a Luana persistente mandava um “oi, bom dia” e ele nada de responder. Ou respondia seco em apenas uma palavra “Bom dia”.
Luana trabalhava para uma empresa de Pontal, região de Ribeirão Preto, no qual João era o advogado. “Após trabalhar o dinheiro inteiro, meu ex-chefe melhor amigo de João o chamou na empresa para resolver um probleminha, mas, que na verdade era para me apresentar a Luana”.
No mesmo dia improvisaram um jantar – cachorro quente – e ali conversaram. Mas Luana tinha de ir para Sertãozinho para ficar no hotel. “Lembro que não conversamos numa viagem de 15 km. Ele estava todo tímido no primeiro dia”, comenta.
No segundo dia, João mais tranquilo já foi cavalheiro abrindo a porta do carro, puxou a cadeira na pizzaria. Depois do jantar foi quando rolou o primeiro beijo.
Logo voltou para Penápolis e a distância de 300 km bateu a saudade. “Naquela época não tinha “Whatsapp” e falar no telefone era caro, falávamos direto no Facebook, sendo que o pedido de namoro foi via internet”, lembra com carinho.
Tempos depois a empresa abriu falência e a distância ficou maior, pois, Luana conseguiu emprego na mesma área com sede em Sertãozinho, mas foi trabalhar na filial de Andradina.
“O salário era muito bom, mas a distância tinha aumento. Era bom pra mim, porque morava em Penápolis, mas era difícil para vê-lo. Então resolvi dispensar o emprego e ir morar em Pontal com meu filho. Foi quando nos casamos em março desse ano”.
Luana que foi mãe solteira, tem hoje no João Henrique um exemplo para o Lucas seu filho. “Meu filho, chama ele de pai e ele realmente é um paizão. é muito bom ver o carinho um pelo outro.