Com a chegada dos parlamentares partido terá a maior bancada da Câmara Municipal de Penápolis
O PSD (Partido Social Democrático), do vereador e coordenador regional Caíque Rossi, anunciou na manhã de hoje (16), o ingresso de quatro vereadores ao partido. Entre eles estão os três vereadores do PROS (Partido Republicano da Ordem Social), Rodolfo Valadão Ambrósio, o Dr. Rodolfo, Lucas Casella e Jonas Chamarelli e também o presidente da Câmara Municipal de Penápolis, Alexandre Gil, que está saindo do PT (Partido dos Trabalhadores).
De acordo com Caíque Rossi, o grupo é remanescente de 2011, quando montaram o grupo para as eleições do ano seguinte e que elegeu o prefeito Célio de Oliveira, atualmente no PSDB. “Esse grupo vem construir uma proposta e um projeto de política pública renovadora e busque mudanças significativas para a cidade. A ideia é que busquemos algo novo, algo diferente, onde não tenha autoritarismo, coronelismo, onde todos podem opinar abertamente”.
Já Dr. Rodolfo, que anunciou na segunda-feira que deixaria a liderança do governo, explicou que o processo de entrar no PSD foi um processo natural. “Nós sempre apoiamos e tivemos o apoio da deputada estadual Rita Passos e do federal Herculano Passas durante essa caminhada, por isso, mesmo que o ingresso no partido tenha sido natural”.
Ele explica ainda que a saída do prefeito Célio de Oliveira do PSD, migrando para o ninho tucano, foi um marco para a ruptura que viria. “Nós aqui do PROS temos um perfil e o Célio acabou migrando para um grupo que era dele desde 1994 e 2004 que perdeu a eleição e é um grupo que nunca esteve próximo. Não é o nosso grupo. E com isso se possibilitou a presença do [Alexandre] Gil que está aqui hoje e se nós estivéssemos com o Célio no PSDB o Gil não estaria aqui hoje. Então isso foi maturando”, comenta.
Segundo Caíque e Rodolfo, Célio apenas o comunicou da saída para o PSDB. “Nós entendemos que o grupo não seria fácil de aglutinar, pois entendíamos que o PSDB tem alguns problemas estruturais que não seria fácil para caminharmos juntos” e Caíque complementou: “Não temos como lamentar mais, o que já foi, já foi e está sacramentado. Nós respeitamos as opiniões e os rumos que foram tomados, por mais que não tenhamos compreendido, não compreendemos e nunca compreenderemos. Mas, já foi tomada a decisão”, explica.
Quando perguntado que Célio esta dizendo para a população não cair no famoso estelionato eleitoral, que existem pessoas que vão prometer mudos e fundos, Caíque respondeu que o termo é muito pesado e que em nenhum momento isso deveria ser utilizado. “Não interpreto como ataque e não mordo a chumbada, na verdade eu sinto que é uma forma dele se justificar diante da gestão administrativa que ele vem desenvolvendo frente a nossa cidade. Então na minha visão esse termo é muito pesado e nenhum momento isso deve ser utilizado. A gente sabe que tem uma crise, mas, nós também acreditamos que é possível fazer diferente, porque se não acreditarmos que é possível fazer diferente e superar alguns desafios, nós não estaríamos juntos [os novos vereadores] pensando um projeto para cidade”, comenta.
Alexandre Gil
Filiado desde 2003 no PT, Alexandre Gil, participou ativamente das campanhas vitoriosas do ex-prefeito João Luís dos Santos, onde assumiu secretarias como de Administração, Planejamento e, de Assistência Social. “Eu entrei no PT, pela aproximidade que o partido tem com a Pastoral da Juventude e que naquele momento o ex-presidente Lula estava no início de seu mandato, onde os principais princípios era a ética, a moralidade e a justiça, transformando a sociedade sem descuidar desses valores”, comenta.
Mas, segundo ele, com a aprofundamento das investigações percebeu que muitos erros foram cometidos. “Nós, com aprofundamento das investigações percebemos que muitos erros foram cometidos e aí não temos que achar que isso não é verdade. Pode ser mesmo que tenha manipulações de informações, perseguições, mas acho que isso não justifica o PT ter perdido a oportunidade de promover as questões sociais, sem se apartar da ética e da moralidade. E as alianças e acordos que no meu ponto de vista foram os principais responsáveis por esses desfacelamento da política”.
“E aí começamos ficar insatisfeito, incomodado e eu tenho uma postura de dizer o que eu acho. E para eu ficar insatisfeito no lugar, incomodado e falando o que eu penso, e de uma certa maneira causando constrangimento é melhor eu sair”, salienta.
Gil explica ainda que o PT fez uma reunião para discutir a declaração dele a um jornal da região. “Foi feito uma reunião para discutir o assunto, mas, foi mais pra discutir minha saída do partido do que o que eu realmente havia dito. Mas, a decisão de sair do partido foi pelo processo de amadurecimento, e principalmente, pelo caminho que o partido está tomando, para a manutenção do poder. Vou manter respeito pelo partido, porque tem pessoas sérias dentro do PT de Penápolis e da região”.
Gil salienta ainda que a uma indefinição dentro do PT local. “Muito foi se falado, principalmente, que eu não era de grupo, mas, em Penápolis tem uma indefinição do partido para as eleições desse ano. Como o partido vai se comportar este ano?. Principalmente com os desdobramentos a nível nacional”.