Penápolis, sete e meia da noite, terça-feira nebulosa. Dois times tentam suar o manto sagrado de duas importantes cidades – que carregam em si a terra de oportunidades.
Município que acolheu centenas de imigrantes como italianos, suíços, espanhóis e japoneses – ascendentes diretos de um dos maiores símbolos de beleza – Sabrina Sato. Na outra ponta a São Bernardo do Campo – terra que foi um dos primeiros “palanques” de um dos maiores estadistas que tivemos neste país – Luiz Inácio Lula da Silva.
Entraram em campo do majestoso estádio municipal “Tenente Carriço” para correr e assim abrir novos horizontes e perspectivas cumprindo o ditado: “Bola pro mato que é jogo de campeonato”. Torcida [mais de três mil presentes], gandulas, maca, juiz, jogadores juntaram-se a bola [razão pela qual todos estavam lá], para conquistar a liberdade na abstração de uma vitória.
Começa o jogo, o Penapolense dá ares de que naquela noite a primeira vitória viria. Com o tempo, o time com idade entre 20 e 25 anos começou andar em campo, dando espaço e oportunidade do time do ex-presidente que aos 39 minutos do primeiro tempo, o estreante Lúcio Flávio numa pintura de cavadinha abriu o placar permanecendo até o fim.
Ao final, a torcida irritada com a apresentação do time vaiou: “Narciso burro”, “Timinho” e tantos outros que foram suficientes para tirar o técnico do sério e segundo o qual xingara a torcida. Isso foi o estopim para que no vestiário fosse demitido.
E assim ficou. O campo, invadido pela sombra da derrota, deixando todos bem perplexo.