Pitacos
Desde a minha última coluna há quinze dias, quando dei meus pitacos sobre as eleições de 2016, muita coisa mudou no cenário político municipal. Isso mostra o quanto a política é dinâmica. Não é à toa que o PSD passou de apenas um para cinco vereadores na Câmara Municipal, tornando-se a maior bancada. E isso ainda pode aumentar, pois, dois vereadores estão em conversações avançadíssimas para ingressar no PSD. Caso ocorra, o partido poderá sozinha aprovar ou não todos os projetos em pauta.
Candidatura
Isso fortalece ainda mais a candidatura a prefeito do vereador Caíque Rossi. Por mais que eles não tenham lançado a pré-candidatura, ficou claro que o PSD terá mesmo candidatura própria. E como disse o Gilson Ramos em sua coluna ontem, agora tem três possíveis nomes: Caíque Rossi, Alexandre Gil e Dr. Rodolfo. Isso força duas possibilidades: Uma candidatura “puro sangue” ou ainda outro partido como vice.
PT
Conversando com dirigentes do Partido dos Trabalhadores a tendência mesmo é lançar o ex-prefeito João Luís dos Santos, pois, a um entendimento de que ele bem-visto na cidade e a estrela vermelha e o número “13” não espantaria os eleitores. O grande problema é quem viria de vice. O mais provável é o PMDB, que mesmo estando desembarcando do governo federal, tem bom relacionamento com os petistas penapolenses. Entretanto, pode surgir novamente uma dobradinha PT/PV, reeditando 2008. O problema é que teriam alguns quadros do PT que iriam sair do partido.
PSDB
O PSDB se reuniu na última terça-feira (15) para tratar das eleições municipais e da possível conjuntura política municipal. Estiveram pelo menos sete partidos que farão parte da base aliado do atual prefeito Célio de Oliveira. O que me surpreendeu foi o tom do discurso do vereador Francisco José Mendes, o Tiquinho, que diz estar juntos e irá fazer campanha. Pra mim, ele será o líder do governo na Câmara Municipal. Veremos pra ver!
Manifestações
Eu tenho uma visão bem particular das manifestações no Brasil desde junho de 2013. Aquelas manifestações ganharam às ruas e as proporções que tomaram, porque emanou do povo e com o povo foi capaz de evitar o aumento dos R$ 0,20 em São Paulo. É lógico que durante os protestos surgiram outras pautas importantes, como nas áreas da educação, saúde e mobilidade urbana. Mas, a partir de 2014, uma parcela raivosa e com ódio nos olhos tentaram tomar as ruas para aplicar o golpe contra um estado democrático de direito que elegeu para um segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.
Conquistas
Enquanto no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), tivermos a estabilidade da moeda, que proporcionou ao governo do ex-presidente Lula, as conquistas sociais, como Luz para Todos, Bolsa Família, Prouni, Fies e tantos outros programas sociais que garantiram e ainda garantem ao pobre o mínimo de dignidade. Por outro lado, a classe média no final dos anos 1990 foi achatada pela ascensão à classe média de famílias que outrora não conseguiria. Isso se deu pelo poder de compra da casa própria, bem como, o automóvel e a oportunidade de andar de avião por exemplo.
Lava Jato
E foi nos governos de Lula e Dilma que instituições como a Polícia Federal e a Procuradoria Geral da República ganharam força para fazer o trabalho de investigação que em outros tempos era apelidado de “engavetador geral da república”. A Lava Jato é a mostra que instituições são capazes de fazer. Tanto é que só tomou essa proporção após a presidente Dilma sancionar a famosa deleção premiada. Creio que a Lava Jato mostrará ainda mais a sujeira neste país. Quem sabe assim não passaremos o limpo o nosso país?
Lava Jato II
O que me indigna é que a justiça que deveria ser neutra está pendendo apenas para um único lado. E isso está criando uma crise institucional gratuita e transformando o juiz Sérgio Moro em salvador da pátria. O que não o é! Ele deixou de lado denúncias contra, por exemplo, o senador e candidato a presidência em 2014, Aécio Neves (PSDB) e concentrou apenas no lado petista.
Ministro
A nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para ministro da Casa da Civil tem dupla interpretação. O foro privilegiado pode servir para livrá-lo das acusações em 1ª e 2ª instâncias, mas, serve para acusa-los diretamente ao STF. Mas, creio que a ida do presidente Lula ao ministério é para salvaguardar o mandato da presidente Dilma, pois, é um dos maiores articuladores política do mundo.
Preocupação
Há tempos, não via a democracia brasileira tão fragilizada como agora! E não é porque a presidente Dilma é ruim ou porque ela cometeu um estelionato eleitoral. Muito menos, pela oposição que perdeu nas urnas e desde então tentam aplicar o golpe. Digo, porque, instituições como da Polícia Federal e da Justiça Federal de Curitiba no afã de conseguir provas para incriminar um ex-presidente use de artifícios como um grampeamento telefônico, incluindo em conversações a presidente em exercício é inadmissível e isso deve ser apurado e tratado com rigor pelas instituições sérias desse país.
Grampos
Nenhum país do mundo, que goze de seu estado democrático de direito grampearia o maior posto da nação e divulgaria no mesmo dia seu teor. Essa instabilidade que ambos os lados, tanto da situação, bem como, da oposição criaram, principalmente, travando toda a pauta do Congresso Nacional, para esperar a decisão do STF sobre o rito do Impeachment, pode criar um problema maior ainda: UM GOLPE DE ESTADO DOS MILITARES BRASILEIROS. Pois, na lacuna, na rachadura em que os políticos estão deixando na democracia brasileira, poderão reeditar o golpe de 1964, tornando-se a primeira democracia do mundo livre em pleno século 21.
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