220 volts
Dois mil e dezessete começou quente hein! Não falo sobre o verão que iniciou no meio de dezembro, mas das questões políticas que frequentam as rodas de conversas por todo o município de Penápolis. Nós que trabalhamos na imprensa local, acabamos por receber informações privilegiadas e que nem sempre tomam as capas dos jornais. Informações de bastidores que acabam contando a história por um outro ângulo.
Esperar
Após as eleições de 2016, perguntávamos a dois vereadores reeleitos quando que o grupo apoiado pelo prefeito reeleito Célio de Oliveira (PSDB) iriam sentar para compor a Mesa Diretoria da Câmara Municipal de Penápolis? Afinal, não é toda eleição que um grupo consegue eleger oito candidatos. Eles me diziam que iria esperar a decisão do plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que saiu no dia 6 de dezembro, para depois começarem as tratativas.
Preciosismo
A gente nunca vai saber o que de fato poderia acontecer, mas, e se tivesse feito os acordos antes da decisão que cassou a candidatura do prefeito Célio e sem o peso político de ocupar a prefeitura interinamente, o acordo teria continuado de pé? Será que não faltou preciosismo? O fato é, que mexer com pessoas e com suas vaidades é muito complicado, afinal, qual é o político que não deseja, nem que seja pela forma indireta, assumir o comando da prefeitura e colocar sua foto no hall dos prefeitos?
Postulantes
No grupo do Célio de Oliveira tinha pelo menos quatro vereadores querendo o posto de presidente da Câmara. O vereador mais votado na última eleição, Ivan Sammarco (PPS); o vereador reeleito Nardão Sacomani (DEM) e que já fora presidente do legislativo, Francisco José Mendes, o Tiquinho (PSDB), eleito para o sexto mandato e que seria para ‘coroar’ sua história política e o novato na vereança Rubinho Bertolini (Solidariedade).
Vontade
Rubinho falava abertamente que o tempo de Ivan Sammarco e Nardão Sacomani na presidência da Câmara de Vereadores já tinham passado e que agora necessitaria de gente nova, com novos projetos. Mas, tanto o Ivan, bem como, o Nardão foram como o Rubinho eleitos pelo povo e teriam sim a chance de quiçá voltar a presidência. De fato, o Rubinho nunca escondeu que votaria nele mesmo, mesmo que perdesse a eleição com apenas um voto.
Acordo fechado?
Os últimos dias de 2016 foram intensos para aqueles que articulavam votos para a presidência da Câmara. Tanto é que recebo uma mensagem, logo na manhã do dia 31, dizendo que o acordo para a Mesa Diretora da Câmara havia sido fechado. Presidente Ivan, Vice presidente Evandro da Habitação (DEM), Ziza (PMDB) e Nardão para 1º e 2º secretários respectivamente.
Fiel da balança
Contudo, informações que recebi de um membro do PSD é que o acordo vitorioso na eleição do dia 1º havia sido fechado a noite do mesmo dia 31. Porém, aguardavam ansiosos o voto do Evandro, pois, o mesmo havia fechado com os dois grupos. Tanto é que na hora que ele proferiu o voto, dois vereadores do grupo se cumprimentaram selando a vitória da oposição ao Célio de Oliveira, que acompanhou a votação.
Momento antes…
Momentos antes conversei com o prefeito Célio e ele me confidenciou: “Perdemos”. Disse a ele: “Como assim?”. Ele me disse: “Já participei de doze votações para a mesa diretora e eu sei quando está dando errado. O Evandro se quer olhou nos meus olhos para cumprimentar”. Cinco minutos depois, a história confirmara o que havia me dito.
Traição?
Nunca saberemos de fato o que realmente aconteceu. Temos as versões dos derrotados, mas, a versão de quem decidiu a votação. A não ser que ele exponha todos os fatos que geraram a possível ‘traição’ que o grupo da qual ele fez parte o acusam. De certo, é que numa eleição como essa não adianta o seu currículo ou quantos mandatos você tenha, mas, a quantidade de votos que te faça membro da Mesa Diretora.
Indignação
O grupo político do Célio de Oliveira estão todos indignados. Na votação da Mesa é com o Evandro da Habitação, pela possível traição ao grupo, pois, sabiam da vontade política do Rubinho. Agora em relação ao Executivo, a indignação com o Rubinho foi ele aceitar todos aqueles que participaram de um projeto político perdedor nas urnas. Os ex-vereadores Alexandre Gil e Lucas Casella, ambos do PSD, são os primeiros a “priori” a assumir secretarias neste governo que será interino.
Loteamento
Já que estão no poder (com a máquina na mão), o ex-vereador e ex-candidato a prefeito Caíque Rossi (PSD), está junto ao Rubinho Bertolini, pelo menos essa é a informação que nos chega a todo momento, de que estão loteando os cargos entre os grupos políticos que perderam a última eleição, entre eles, o PT do ex-prefeito João Luís dos Santos e o PV do Éder Granato, que aliás, poderá ser anunciado nos próximos dias como novo presidente do Daep (Departamento Autônomo de Água e Esgoto de Penápolis). Trazendo PT e PV para o governo interino a intenção é unir forças para derrotar o candidato indicado pelo prefeito Célio de Oliveira.
Bomba
Por esses dias poderá estourar uma bomba no meio político penapolense e que poderá mudar os rumos novamente da história recente. Vamos aguardar para ver os próximos capítulos.
Até a próxima. Alguma sugestão, crítica ou elogio mande para ricardo@blogdofaria.com.br. E acesse: www.blogdofaria.com.br