PRIMEIRAMENTE FORA TEMER!
Novela brasileira
Nesta quarta-feira (25), dia em que celebrávamos os 109 anos de fundação de Penápolis, mais um capítulo da novela política brasileira se desenrolava, com uma dramaticidade muito superior ao da série americana House Of Cards. Enquanto havia as discussões e a votação que rejeitava, pela segunda vez, a denúncia contra o presidente golpista, ele próprio estava internado no Hospital do Exército, depois de passar mal. O roteiro é coisa de cinema!
Estranhamento
O que me estranha é que as pessoas que saíram às ruas no Brasil e em Penápolis, pedindo a saída da presidente Dilma Rousseff, são as mesmas que agora se silenciam diante de tantas barbaridades. Foram mais de R$ 12 bilhões em emendas parlamentares para se safar das denúncias de corrupção. Até agora nenhum daqueles que organizaram as manifestações se manifestaram. Vocês (que organizaram) são coniventes com que andam acontecendo?
Pelas bandas de cá…
Já em Penápolis, as duas últimas semanas foram de declarações fervorosas de dois dos oito vereadores da base governista do prefeito Célio de Oliveira (PSDB). O primeiro a fazer severas críticas com relação à saúde foi o parlamentar Ivan Sammarco (PPS) que disse receber em poucos dias, mais de 15 ligações pedindo exames básicos como o de urina. Já nesta semana, o vereador Francisco José Mendes, o Tiquinho (PSDB), disse estar falando médicos em postos de saúde, agentes de saúde e diversos exames.
Oposição
Pelas declarações de Ivan e Tiquinho e alguns requerimentos do vereador líder de governo, Nardão Sacomani (DEM), os vereadores de oposição liderados por Rodolfo Valadão Ambrósio (PSD) brincaram com a situação. Rodolfo disse na tribuna: “Na semana passada foi o Ivan, hoje o Tiquinho, agora só falta o Carlão”, brincou. Nos bastidores, um vereador da base comentou: “Do jeito que está só vai ficar o ‘Cabeça’ e o ‘pastor’, fazendo alusão aos dois últimos parlamentares que entraram para base governista.
Saúde
De fato a saúde em Penápolis está um caos. E não é uma OS que dará jeito nisso. O nome para resolver esse problema é gestão e de fato não é um coronel – ele entende de segurança pública e no máximo quiçá de trânsito. O município precisa urgentemente de um gestor com larga experiência nas políticas públicas de saúde, afinal, somos os criadores do primeiro consórcio de saúde do Brasil e referência para o que viria depois – o SUS (maior sistema público de saúde do mundo). Precisamos urgentemente de médicos, de medicamentos, de exames e de um pouco de humanidade.
Terminou…em pizza!
E não é que a CEI (Comissão Especial de Inquérito) sobre a compra de salgadinhos para os trabalhos técnicos sociais da Emurpe (Empresa Municipal de Urbanização de Penápolis) entre os anos de 2013 e 2016, terminou em pizza? Se alguém acreditou que teria um final diferente, é porque não acompanhou o caso. O autor do requerimento que solicitou a CEI – Evandro Tervedo (DEM) – foi no mesmo período o diretor administrativo e financeiro da empresa. Se algo acontecesse, iria atingir em cheio o próprio autor. E é claro não seria ‘besta’ de dar um tiro no próprio pé, certo?
Comemoração
Evandro mandou mensagem aos seus contatos via WhatsApp, explicando que fez a denúncia – por haver várias calúnias e difamações contra o mesmo no início do ano. Se a CEI mostrou a honestidade de Evandro – como ele mesmo diz – mostrou também que o presidente da Emurpe, Cláudio Gomes Dias, o Tiradentes, não cometeu nenhuma irregularidade. A verdade é, e já disse isso aqui meses atrás, é que Evandro tentou apagar fogo com fogo.
Glutão
No relatório final da CEI, os vereadores Ziza (PMDB) relator e Júlio Cesar Caetano (PSD) presidente, presumiram que a quantidade de salgadinhos comprado era suficiente pois pobre come demais. Vejamos: “[..] levando-se em consideração que a realização deu-se em bairro de pequeno poder aquisitivo onde de se presumir que o consumo individual deve ser maior […]”. Então quer dizer que todo pobre é um glutão?
Suplementação
O único projeto adiado por 15 dias na última segunda-feira (23), foi do orçamento municipal. O motivo é que o presidente do legislativo, Rubinho Bertolini (SD) fez uma emenda para diminuir o poder de suplementação do poder executivo de 20 para 10%. A possível mudança gerou discussão e o adiamento foi inevitável. A proposta é conversar neste período com os contadores municipais para ser o impacto que a medida trará caso seja aprovado. A maior preocupação é a de inviabilizar a folha de pagamento, mas, o próprio autor disse que a folha não entraria no percentual, assim como, os convênios e as emendas parlamentares. O dinheiro que entraria no montante da suplementação seria exclusivamente da prefeitura de Penápolis.
Até a próxima. Alguma sugestão, crítica ou elogio mande para ricardo@blogdofaria.com.br. E acesse: www.blogdofaria.com.br