Rinaldo, Kleber e Douglas expressam seus amores pelo clube da capital, mas, sabem valorizar a história que o pantera da noroeste vem trilhando na paulistão
Rinaldo Bertolini, Kleber Bogo e Douglas Silva respectivamente. |
Trinta anos após a fundação da Sociedade Esportiva Palmeiras, o Clube Atlético Penapolense nascia das mãos de um descendentes de italiano – Godofredo Viana. Ele juntamente com outros dirigentes fundara o time que em 1951 se filiou a Federação Paulista de Futebol e assim começaria a jogar profissional.
Neste mesmo ano, o Palmeiras já ganhara seu primeiro título de expressão – a Copa Rio, que anos depois foi considerado pela Fifa (Federação Internacional de Futebol) como o Mundial de Clubes de Futebol.
Essa história começa a se fundir quando de forma meteórica o Penapolense, consegue em 2012 o acesso para a elite do Campeonato Paulista de Futebol. Neste mesmo ano, o time alviverde consagrava-se campeão do Copa do Brasil pela segunda vez.
Já em 2013, há de fato o primeiro encontro entre as equipes. O palco foi o estádio municipal Paulo Machado de Carvalho, popularmente conhecido por Pacaembu. Foi uma tarde atípica para ambas as torcidas. Os palmeirenses atônitos querendo saber que time do interior esse é que atropela o “verdão” em plena capital. E os capeanos radiantes com aquele que seria um placar histórico, marcando para sempre a história desse clube.
Único remanescente daquele time, Jaílton é hoje um dos mais experientes desse atual elenco que busca a primeira vitória do Paulistão 2015.
Mas isso, não tira o brilho do jogo de logo mais tarde, pois, será pela primeira fez que o time do Palestra Itália virá a cidade para enfrentar o grande pantera da noroeste. Com isso três penapolenses de nascimento, viverá uma das grandes emoções que só o futebol pode proporcionar – verão de perto os ídolos da academia que lhes encantam desdes crianças.
De uma família tradicional italiana, Rinaldo Bertolini, de 38 anos, ouvia as histórias de paixão de seu avô pelo time do Palestra Itália. Armando Bertolini saiu da Itália e veio para o Brasil morar no tradicionalíssimo bairro paulistano do Bexiga. Então esse amor passou de geração a geração, fazendo chegar aos netos e bisnetos.
Rinaldo, aos 19 anos foi morar no Japão para trabalhar e lá, no outro lado do mundo teve uma das suas maiores glórias com o Sociedade Esportiva Palmeiras – ele pode acompanhar a final do mundial interclubes com o fortíssimo time do Manchester United da Inglaterra.
“Eu não morava muito perto da cidade onde seria o jogo, mas juntei a uns amigos palmeirenses e enfrentamos seis horas de trens e metrôs e chegamos ao estádio internacional de Yokohama para assistir a partida, pena que o placar foi adverso”, comenta.
Na volta ao Brasil e a Penápolis pode acompanhar de perto a evolução do Penapolense onde consagrou-se campeão da série A3 em 2011.
“Eu fui em quase todos os jogos da A3 e pude acompanhar de perto o acesso para a A2 que no ano seguinte nos trouxe para a elite. Chega ser um sonho quase que inimaginável, mas que tornou realidade”.
Em 2012, Rinaldo inaugurou a loja “Bertolini Portas” que já veio estampada as cores de suas duas paixões – Palmeiras e o país. “Só quem mora fora do país sabe valorizar o quanto o Brasil é importante para nossas vidas, portanto, homenageei com o azul e o verde além de simbolizar também o país, lembrei do time de coração de toda minha família”.
Mas ele, não abrirá mão de torcer para o Penapolense, o time de sua terra natal. “Vou torcer para o Penapolense, porque é um clube menor e que precisa muito dessa vitória, pois, o Cap nunca teve tanta chance de estar na elite e agora não pode cair”. Mas confessa: “Acho difícil o Palmeiras vir aqui e não ganhar do Penapolense”.
TORCIDA
Já o Analista de TI, Kleber Bogo, também é palmeirense por influência da família – seus pais torcem para o time da capital. E vê nesta partida a oportunidade de ver a equipe do coração, bem como, seus jogadores consagrados como Fernando Prass, Zé Roberto e Dudu.
“Mesmo eu sendo sócio torcedor do clube não tenho meios de acompanhar o time em seu estádio na capital. E sim, apesar de já ter ido em jogos do Palmeiras, ele minha cidade realmente é uma emoção diferente, o time do coração enfrentando o time de sua cidade”, salienta.
Ele que está dividido, decidirá até os minutos finais em qual torcida irá acompanhar a partida. “Ainda estou dividido, os dois clubes não estão em um bom momento, tenho o ingresso para torcida do Cap, que optei pelo pacote, na hora vamos ver o que o coração vai decidir”.
Segundo Bogo, que trabalha em Araçatuba, o Palmeiras desembarcou no aeroporto na tarde de ontem e, ele iria acompanhar a chegada. “Amanhã (ontem) o avião do Palmeiras desembarca aqui (em Araçatuba) às 16h40, com isso, estou querendo ir pra vê se consigo uns autógrafos na minha camisa”
Quanto ao resultado? Ele espera que a partida seja um “jogão” de bola, onde saia muitos gols. “Vou torcer para quem ganhar, afinal qualquer que seja o resultado ficarei feliz, mas um empate de três a três até que não seria uma má ideia”, comenta com um grande sorriso.
Diferentemente de Rinaldo e Kleber, Douglas da Silva Santos, irá ver a partida de um ângulo especial – bem de pertinho do gramado, pois, há três anos ele é o motorista da maca móvel.
“Poder estar na beira do campo e acompanhar de perto a partida, já vi vários ídolos, mas ver o Palmeiras em campo será fantástico. Palmeiras hoje é minha vida, é meu amor”.
Ele que teve sua identificação com o clube alicerçada em 1999 após a magnífica campanha na Taça Libertadores da América contra o Deportivo Cali da Colômbia, não teve influência da família. ” A libertadores de 1999 é inesquecível, ali que virou paixão”. E finalizou dizendo: “Mesmo que eu trabalhe da maca do clube da minha cidade, por hoje vou torcer para o Palmeiras, pois é uma paixão de infância. Em todos os outros serei CAP, mas nesse sou Palmeiras.